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Câncer de Próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. O INCA prevê para 2014, 68.800 novos casos deste tipo de câncer. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. A prostatectomia é o tratamento de escolha para este tipo de câncer e pode ou não ser associada a radioterapia e/ou quimioterapia. As principais complicações do tratamento cirúrgico são a incontinência urinária e a disfunção erétil.

A incontinência urinária afeta o homem substancialmente levando-o a um sentimento de desânimo, depressão e exclusão social e, tem sido colocada como mais impactante que a disfunção erétil, na qualidade de vida do paciente. A Fisioterapia deve ser iniciada o mais precocemente possível com a realização de técnicas que favorecem o fortalecimento da musculatura pélvica, diminuindo consideravelmente as perdas urinárias, melhorando a função sexual e contribuindo numa melhor qualidade de vida desta população. 

◼︎ PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
SUGESTÕES DE TRATAMENTO

No gráfico abaixo é possível visualizar as sugestões de tratamento fisioterápico para cada uma das principais complicações.

Clique na complicação abaixo (cor escura) para ver mais informações e detalhes dos tratamentos.

Eletro-estimulação
Cinesioterapia
Biofeedback
Eletro-estimulação
Cinesioterapia
Biofeedback

A Incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urinária causando desconforto social e higiênico. Após as cirurgias para tratamento do câncer de próstata, dependendo do tipo de cirurgia e da técnica empregada o homem pode apresentar a Incontinência Urinária, podendo ser reversível rapidamente ou permanecer em alguns casos, alterando a qualidade de vida dos pacientes. Nas cirurgias para tratamento do câncer de próstata, são retirados o esfíncter uretral proximal além de outras estruturas que comprometem a continência, sendo que esta passa a depender exclusivamente do esfíncter externo.

A Fisioterapia dispõe de técnicas e recursos que auxiliam na melhora da incontinência tanto nos pacientes que apresentam a Incontinência Urinária de esforço quanto naqueles com hiperatividade da bexiga.

Linfedema Face
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ◼︎
Incontinência
TRATAMENTOS  INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Linfedema Face Compressao
Cinesioterapia

A Cinesioterapia é um dos principais recursos usados pela Fisioterapia para tratar as incontinências urinárias. Os exercícios devem ser realizados diariamente no programa de reabilitação, e englobam não somente treino dos músculos do assoalho pélvico mas também de toda a musculatura que envolve a pelve e participa da estabilidade postural (diafragma, abdominais, eretores da coluna, glúteos, multifídios, etc.). Em um programa de restabelecimento da funcionalidade do assoalho pélvico, devem ser respeitadas as seguintes etapas: informação a respeito de toda a musculatura bem como da patologia, correção postural, propriocepção da contração do assoalho pélvico e percepção corporal como um todo, programas de fortalecimento individualizados conforme avaliação inicial e progressão dos exercícios em diferentes situações com aumento da pressão intra-abdominal. Os exercícios para o assoalho pélvico devem ser orientados já na etapa pré-operatória, e reiniciados logo após a retirada da sonda vesical, acelerando desta forma a recuperação da continência.

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Biofeedback

O Biofeedback é recomendado àqueles que apresentam dificuldades em reconhecer sua musculatura do assoalho pélvico, bem como de realizar ativamente a contração por não ter consciência e percepção desta musculatura. A técnica tem sido amplamente utilizada no tratamento das incontinências urinárias como terapia comportamental e como forma de motivar, reeducar e conscientizar quanto a contração do assoalho pélvico. O método oferece ao paciente a oportunidade dele mesmo manipular as respostas fisiológicas da sua musculatura através de sinais sonoros e/ou visuais. O biofeedback pode ser usado com a palpação, onde o Fisioterapeuta através do toque percebe e orienta a contração destes músculos. O biofeedback manométrico ou de pressão (perineômetro) é colocado na região anal, capta a informação da contração muscular e converte em sinais luminosos ou numéricos, podendo o paciente visualizar estes sinais. O biofeedback eletromiográfico utiliza a eletromiografia de superfície para captar e registar a contração muscular.

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Eletroestimulação

A Eletroestimulação utiliza estímulos elétricos que ativam as fibras nervosas periféricas, sensitivas e do sistema nervoso autônomo produzindo efeitos terapêuticos como fortalecimento muscular, reparo tecidual, ativação circulatória, etc. Os principais objetivos da eletroestimulação no tratamento das disfunções urinárias são fortalecimento, analgesia e inibição vesical, e para alcançar estes objetivos, diferentes parâmetros devem ser utilizados. Para a realização da eletroestimulação são utilizados sondas via retal ou eletrodos de superfície, que ao enviarem estímulos aos músculos do assoalho pélvico irão promover a contração muscular dos diferentes tipos de fibras ou  inibir o músculo detrusor.  É imprescindível a avaliação detalhada e o diagnóstico clínico do tipo de incontinência que o paciente poderá apresentar, desta forma, o Fisioterapeuta irá selecionar os melhores parâmetros da eletroestimulação.

A Disfunção Erétil é definida como a incapacidade persistente em obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, e tem sido descrita como uma complicação frequente no pós operatório do câncer de próstata afetando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.

A disfunção erétil após a prostatectomia radical é causada pela lesão das fibras do plexo nervoso pélvico, no entanto a preservação da função sexual depende de fatores tais como idade, função sexual antes da cirurgia, natureza e extensão da preservação nervosa, presença de doenças associadas, estágio do tumor e experiência do cirurgião. O tempo para o retorno da função erétil é variável, podendo ser superior ao retorno da continência urinária. Alguns estudos mostram que o retorno desta função pode levar até 18 meses após a cirurgia.

A Fisioterapia pode contribuir no retorno da função erétil através de recursos como a eletroterapia  e os exercícios pélvicos, que devem ser realizados sob orientação e com participação ativa do paciente. Os resultados são observados após algumas semanas de tratamento, e contribuem na melhora da qualidade de vida.

DISFUNÇÃO ERÉTIL ◼︎
Lesao Nervo Acessorio
Disfunção Erétil
TRATAMENTOS  DISFUNÇÃO ERÉTIL
Lesao Nervo Acessorio Exercício
Cinesioterapia

A Cinesioterapia é um dos principais recursos usados pela Fisioterapia para tratar a disfunção erétil. Os exercícios devem ser realizados diariamente no programa de reabilitação, e englobam não somente treino dos músculos do assoalho pélvico mas também de toda a musculatura que envolve a pelve e participa da estabilidade postural (diafragma, abdominais, eretores da coluna, glúteos, multifídios, etc.). Em um programa de restabelecimento da funcionalidade do assoalho pélvico, devem ser respeitadas as seguintes etapas: informação a respeito de toda a musculatura bem como da patologia, correção postural, propriocepção da contração do assoalho pélvico e percepção corporal como um todo, programas de fortalecimento individualizados conforme avaliação inicial e progressão dos exercícios em diferentes situações com aumento da pressão intra-abdominal. Os exercícios para o assoalho pélvico devem ser orientados já na etapa pré-operatória, e reiniciados logo após a retirada da sonda vesical, acelerando desta forma a recuperação da função erétil.

Biofeedback

O Biofeedback é recomendado àqueles que apresentam dificuldades em reconhecer sua musculatura do assoalho pélvico, bem como de realizar ativamente a contração por não ter consciência e percepção desta musculatura. A técnica tem sido amplamente utilizada como forma de motivar, reeducar e conscientizar quanto a contração do assoalho pélvico. O método oferece ao paciente a oportunidade dele mesmo manipular as respostas fisiológicas da sua musculatura através de sinais sonoros e/ou visuais. O biofeedback pode ser usado através da palpação, onde o Fisioterapeuta através do toque percebe e orienta a contração destes músculos. O biofeedback manométrico ou de pressão (perineômetro) é colocado na região anal, capta a informação da contração muscular e converte em sinais luminosos ou numéricos, podendo o paciente visualizar estes sinais. O biofeedback eletromiográfico utiliza a eletromiografia de superfície para captar e registar a contração muscular.

Lesao Nervo Acessorio - Kinesio Escapula
Eletroestimulação

A Eletroestimulação utiliza estímulos elétricos que ativam as fibras nervosas periféricas, sensitivas e do sistema nervoso autônomo produzindo efeitos terapêuticos como fortalecimento muscular, reparo tecidual e ativação circulatória, importantes no tratamento da disfunção erétil. Na eletroestimulação, pulsos suaves estimulam a musculatura do assoalho pélvico aumentando a percepção cortical do paciente, e facilitando a sua capacidade de executar contrações voluntárias. Para a realização da eletroestimulação são utilizados sondas via retal ou eletrodos de superfície na base do pênis e no centro do períneo, que ao enviarem estímulos aos músculos do assoalho pélvico irão promover a contração muscular dos diferentes tipos de fibras. O paciente apresenta uma melhora com poucas sessões, no entanto, para um tratamento mais eficiente, os diferentes recursos fisioterapêuticos podem ser utilizados em conjunto.

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