As cirurgias para tratamento do câncer ginecológico, associadas a retirada dos linfonodos inguinais, podem ser responsáveis pela formação do Linfedema nos membros inferiores. O Linfedema é uma condição crônica e incapacitante, o membro inferior apresenta-se aumentado em seu volume, gerando um grande desconforto e alterando a qualidade de vida das pacientes.
O Linfotaping, técnica derivada do Kinesiotaping, desenvolvido na década de 70 pelo quiroprata e kinesiólogo Kenzo Kase, é uma das formas de aplicação do conceito inicial, para problemas de origem circulatório-linfáticas. Através da colocação das bandagens (material de textura e elasticidade semelhante a da pele) a pele é “elevada”, desta forma os filamentos de ancoragem (que abrem os vasos linfáticos iniciais) são tracionados, permitindo a entrada de substâncias, até então congestionadas no interstício (espaço entre os tecidos abaixo da pele), para estes vasos, estimulando também a movimentação destas substâncias através de todo o sistema linfático favorecendo a sua absorção.
A técnica pode ser utilizada em cicatrizes hipertróficas, que apresentam fibroses, e também em regiões com hematomas favorecendo rapidamente sua absorção. O paciente em uso do linfotaping pode tomar banho sem tirar a bandagem, visto que o material é resistente à água. Os pacientes podem ficam com a bandagem por 3 a 4 dias.
O linfotaping oferece ótimos resultados para aqueles que apresentam Linfedema de consistência mais “dura” (com mais fibrose), amolecendo a região, facilitando a movimentação linfática.
É importante colocar que o Linfotaping não substitui a Fisioterapia Descongestiva Complexa, tratamento internacionamente recomendado para o linfedema, mas pode ser um excelente recurso para as mulheres que apresentam os linfedemas com consistência mais fibrótica e ainda aquelas que não toleram as bandagens compressivas.
É importante salientar que a técnica deve ser aplicada somente por Fisioterapeuta habilitado com formação específica em Linfotaping.